sexta-feira, 7 de maio de 2010

Capítulo 10 - *Duelos:

Eu vaguei de um lado para o outro do banheiro, respirando fortemente a cada passo e apertando minhas mãos, tentando me acalmar e dissolver minha raiva. Eu poderia mentir para ele, mas não para mim mesma. Eu estava louca de ciúmes e eu não sou o tipo de pessoa que consegue disfarçar isso. Eu andei até a pia, em frente do espelho e encarei meu reflexo.
Eu tinha tantas perguntas para fazer. O que minha irmã quis dizer com ‘Tome cuidado’? E porque Minogue parecia ter algum tipo de relação com Lucius? Quando isso começou? E porque todo mundo parecia saber dos segredos dele, menos eu?
Eu abri a torneira e vi a água escorrer. Aquele pequeno barulho de água correndo me acalmou parcialmente. A piscina. Eu queria tanto poder ir para piscina e tentar, mesmo que por alguns minutos, esquecer o que tinha ocorrido aqui. Mas eu não poderia esquecer, eu não queria.
Eu levei minhas mãos em cunho até a água e depois molhei meu rosto. Isso melhorou um pouco meu humor. É melhor trocar minha roupa de qualquer forma – eu pensei – Porque por mais perguntas eu tivesse, elas pareciam nunca ter resposta.
Eu peguei minha roupa que estava no banco central do banheiro e troquei minha roupa. Me olhei no espelho. Eu estava usando uma regata preta de lycra e uma calça, também preta, de poliéster. Melhor que o short de malha. Eu ri tentando me distrair dos meus pensamentos.
Eu saí do banheiro com as mochilas na minha costa e descalça. Ele parecia distraído com algo antes de perceber minha presença. Então Lucius olhou em minha direção, me mediu com os olhos de forma fria e dura. Eu expressei um sorriso forçado e irônico por um minuto, depois fingi que nada tinha acontecido.

-Pronta? – sua voz soou um tom mais alto.

- Aham – eu assenti com a cabeça e expressei tanta indiferença como à dele. Era melhor ser uma vadia total do que bancar a mocinha arrependida.

Ele andou até a porta dupla e a abriu. Os principados foram entrando um a um, cada um parecia tão curioso e confuso como eu. Por último Jace entrou. Ele era o treinador mais novo do Instituto. Ele tinha o cabelo louro escuro curto, era um pouco mais baixo que Lucius, mas tinha a mesma quantidade de músculos, aparentava ter uns 25 anos, usava calça branca larga e uma blusa de mesma cor. Seu rosto era quadrado e bem masculino, ele tinha um lindo sorriso e seus olhos eram negros, bem diferente de suas asas. Ele era um anjo de nascimento, assim como Bianca, Sofia e Amélia. Suas asas são longas e brancas. E por ser mais novo que os outros anjos, eu ainda podia ver um delicado aro dourado circundar suas asas. Elas perdiam o brilho com o passar do tempo na terra, eu tinha notado isso. E como todo anjo de nascimento ele irradiava uma fraca luz roxa em torno de si. Eu via dia após dia cada um deles, com suas asas e graciosidade, mas eu parecia nunca me acostumar com isso.
Celina e Moira, que participavam do treinamento de Jace, foram até mim. Elas usavam a mesma roupa minha, elas estavam usando o cabelo prendido assim como o meu e também descalças. O estilo de treinamento era padronizado para facilitar o treinamento e para o treinador.

- O que vocês estão fazendo aqui? – eu perguntei confusa.

- Bem o mesmo que você... – Moira sorriu maliciosamente e olhou para Jace – admirando a vista.
Eu ri espontaneamente. Isso é tão Moira

- Além disso. – eu disse ainda olhando em direção a Jace. Pra falar a verdade eu, Celina e Moira o olhávamos.

- Será que o boato de ele ta pegando a Helena é verdade? – Moira perguntou fazendo biquinho.

Celina lançou um olhar reprovador para Moira contestando o termo ‘pegando’. Moira revirou os olhos.

- Pegando, fazendo amor, tanto faz...

- Não sei, não é contra regra ou nada disso. – eu respondi divagando sobre o assunto – Mas vocês ainda não me responderam, o que vocês estão fazendo aqui?

- Parece que o Lucius pediu pro Jace treinar aqui com o nível quatro, mas o Jace não disse nada além disso – Celina finalmente respondeu minha pergunta.

- Mudando de assunto – Moira nos interrompeu, que até uns momentos antes parecia mais interessada no Jace do que no nosso assunto. Ela voltou a olhar para mim. – Eu tenho umas perguntinhas pra você Claire.

Meu estomago se retorceu. Ela perguntaria sobre o Lucius e dessa vez eu não sabia se conseguiria mentir por muito tempo.

- Eu já disse que nada aconteceu Moira – eu mudei de tática, não ficando mais na defensiva.

Ela olhou divertida para mim. Um sorriso apareceu e eu sabia que ela estava preste a me crucificar.

- Eu não vou te perguntar sobre o Lucius... Ainda. Não com ele aqui. – ela apontou para Lucius inclinando a cabeça. Ele parecia ocupado conversando alguma coisa com Jace. – Mas conta aí: porque você brigou com a Bianca?

- Mas como você sabe...

- Meio obvio. Primeiro Claire se levanta revoltada da mesa e segundo saí sem almoçar. – Celina respondeu no lugar da Moira.

Isso eu poderia contar. Na verdade eu estava louca pra contar pra elas, assim eu poderia compartilhar meus problemas e falar mau da minha irmã sem me sentir culpada.

- Bem parece que pra ela é mais importante apresentar a festa de iniciação do que me acompanhar na hora da minha apresentação ao conselho.

- Também não é o fim do mundo Claire! – Moira fez parecer que meus problemas eram apenas mais uma birra minha.

- É claro, se eu fosse só mais uma, mas não, eu sou uma Blind e por isso todo o conselho vai estar aqui.

- Você sabe como isso é importante, menina dos olhos estranhos – Celina disse carinhosamente, tentando me acalmar. Pelo jeito hoje não seria o dia de falar mau da minha irmã.
- Além disso, você poderia ir com o Jeremi. - Moira tentou me animar.

- Ele também é um iniciante, Moira, se você esqueceu. Ele também vai estar no palco.

- Então você vai com o Sam! – Celina disse animada, sem pensar nas conseqüências.

Eu e Moira lançamos um olhar questionador para Celina. Ela estava cedendo o namorado dela, no dia da festa, só para amiga ter acompanhante. Eu poderia estar triste e com raiva, mas eu tinha um pouco de senso.

- Ta. É melhor não. – Celina parecia aborrecida por eu ter ‘recusado’, mas eu e Moira a ignoramos, sabendo que essa não era melhor solução.

- Já sei! – Moira praticamente gritou – Você poderia ir com Lucius e eu, para não deixar você envergonhada de estar acompanhada com um treinador, iria com o Irial.

Dessa vez foi à vez de eu e Celina olharmos para Moira. Essa última parte parecia à coisa mais sem sentindo que Moira já tinha dito, mas ela parecia convencida do que tinha dito. Eu bufei.

- É mais fácil eu formar um trio com o Jace e a Helena do que ir com o Lucius. – eu disse desgostosa.

- Ta, você que sabe. Mas eu não vou desistir do meu plano. – Moira disse toda sorridente.

- Você já tem um plano? – eu perguntei surpresa.

- É claro que já. Ou você acha que eu vou com qualquer um?!

Nesse momento, Sam, que pouco tempo atrás estava conversando com um amigo, apareceu e abraçou Celina pro trás. Celina riu baixo enquanto Sam beijava a base do seu pescoço. Ela parecia entretida com algo que ele disse em seu ouvido, como uma jura que só os dois poderiam saber e compartilhar. Eu, por um momento, invejei essa cumplicidade, mas uma inveja boa, sem amarguras. Eu queria amar assim, ser amada dessa forma.
Moira se inclinou e fingiu estar com enjôo.

- Acho que vou vomitar – ela disse brevemente. Eu a bati no ombro repreendendo-a, mas acabamos rindo da situação constrangedora que se formava. Sam e Celina perceberam e pararam de trocar segredinhos, mas continuaram abraçados.

- Quem vai aonde com qualquer um? – Sam perguntou curioso.

- A Moira no baile de iniciação. – Celina respondeu.

- Mas não é com qualquer um! – Moira disse indignada – Eu vou com Irial... – Moira viu o olhar perturbado que Sam lhe lançou e completou – Isso é um fato, sem discussões.

Eu segurei o riso para não demonstrar minha falta de fé nesse assunto, mas não teve muito tempo pra Moira perceber isso.

- Pessoal... – Jace gritou e sua voz soou alta em toda quadra, prendendo a atenção de todos. Ele riu brevemente de sua forma de ‘persuasão’ – Hora de treinar!

Uma grande roda foi formada e as duplas se juntaram. Moira riu e disse algo como “adoro treino com competição” e se virou para a roda, se juntando com Celina. Sam já estava na outra borda da roda com sua dupla, Julio. E eu estava no mesmo lugar, só observando a todos. Eu ainda não tinha dupla e não sabia o porquê de estar em um treino do quarto nível. Lucius que estava em um canto da quadra, me viu sozinha e caminhou ate a mim.

- Vem comigo. – ele simplesmente disse.

Nós andamos ate a roda e alguns alunos nos deram espaço.

- Bem normalmente as aulas de competição acontecem entre as duplas, mas hoje, por um pedido do Lucius... – Jace olhou para Lucius rapidamente e todos repetiram o gesto – cada dupla terá que me enfrentar.

Jace sorriu abertamente, demonstrando que ele não facilitaria e que, alem disso, estava adorando o desafio. Alguns sussurros e olhadas depois, Jace andou até o meio da quadra e olhou diretamente para Moira e Celina. Eu pude ouvir Moira xingar alguma coisa entre os dentes e Celina respirar lentamente.

- Nos podemos começar com vocês meninas, Celina e Moira.

Poderia ser até um pouco difícil para elas, mas eu sempre quis vê-las lutando. Moira foi a primeira a ir ao centro, depois Celina. Moira ficou frente a frente com Jace enquanto Celina se encontrava em suas costas, as duas se entreolharam, trocando informações que só as duas sabiam. Eu sabia que a luta seria desigual, por isso os alunos eram divididos em dupla, para equilibrar a luta. Jace era mais rápido, mais forte e mais experiente que elas, mas era para isso que o treinamento servia, testar suas habilidades. E por um momento eu pude perceber que não seria apenas um treino e sim uma luta, uma puta de uma luta.
Lucius se inclinou em minha direção e sussurrou:

- Observe cada movimento.

Então a luta começou.
Jace se movimentou rapidamente em direção a Moira, ela desviou do seu caminho e chutou fortemente, mas Jace praticamente voou sobre sua perna. Segundos depois Jace já estava atrás de Moira e chutou suas costas. Ela caiu, mas se levantou rapidamente se juntando a Celina.

- Nunca dê as costas a seu adversário, só se souber o que esta fazendo – Lucius me disse avaliando a luta – Observe como elas tentam afastar uma da outra, deslocando o foco do adversário.

Celina e Moira se afastaram rapidamente, assim como Lucius havia dito. Moira foi pro ataque, correu em direção a Jace que se deslocou para direita, mas Moira previu o movimento e aplicou uma rasteira, formando um circulo em torno de si. Jace pulou sua perna, mas foi aí que Celina entrou em ação. Ela tem o dom psíquico, ela pode torturar alguém mentalmente ou prever um movimento, seu dom é o mais foda, mas em compensação o mais difícil de lidar e desenvolver. Antes que Jace pudesse encostar seus pés no chão, Celina o atingiu na região do tórax com um chute depois o socou no rosto enquanto ele se agachava. Ele tentou se levantar, mas parecia que uma força invisível o impedia. Celina.

- E o mais importante: trabalho em equipe. Saber o que seu parceiro esta pensando é a melhor estratégia pra derrotar o adversário. Tentá-lo sozinho seria um erro.

E como se adivinhasse os pensamentos de Moira, o erro foi cometido. Moira, assim como a maioria dos principados, tem o dom da força, e ela tentou usá-la em Jace. Mas ela não deu nenhum sinal a Celina, que ainda tentava controlar sua mente em relação à Jace. Moira tentou socar Jace, tentando nocauteá-lo, porem Celina não o segurava fortemente ainda. Então o movimento só fez com que Celina se distraísse e perdesse o controle sobre Jace. Jace aproveitando da situação, se levantou e derrubou Celina.

- É importante deter o mais forte e desequilibrar a dupla. – Lucius disse antes do golpe final.

Jace deteve Celina sobre seus braços e pernas, em um movimento perigoso e ameaçador. E uma vez que seu parceiro fosse derrubado, não havia muito o que se poderia fazer. Uma vez que seu parceiro era derrotado, haveria só duas alternativas: fugir, ação que era a mais recomendada, ou se entregar a derrota e morrer, a que a maioria dos principados acabavam fazendo. Carregar a culpa da morte de seu parceiro era pior que a morte.

- Finalmente, nunca enfrente seu adversário sozinho. Saber reconhecer uma derrota é um passo para sua vitória – Lucius falou para mim, divagando sobre a luta.

Jace se levantou e ajudou Celina também a se levantar. Moira parecia brava consigo mesma, ela era do tipo que se culpava e se tortura por cada erro que cometia.

- Boa luta, meninas – Jace sinalizou com a cabeça, fazendo uma reverencia – Agora, que são os próximos?


******


Foram no total oito duplas e em cada luta, Lucius fazia uma observação ou comentário sobre os erros de cada um, me mostrando como lutar e como não errar, eventualmente.
Mesmo com toda raiva que eu senti por ele mais cedo, eu poderia dizer que ele era um ótimo professor e que aula foi muito boa. Mas eu ainda estava com fome e pior ainda tinha aula com Irial no pátio externo.

- É melhor eu ir indo – eu disse para Lucius, apontando para as meninas que já estavam indo para outra aula.

- Eu posso conversar com você agora? – e pela primeira vez ele não me intimou e realmente me perguntou.

- Claro – eu respondi um pouco confusa.

Ele andou na minha frente enquanto eu ainda estava um pouco distante dele, o acompanhando. Andamos ate a porta que dava para o corredor e em seguida chegamos ao refeitório. O refeitório ainda não estava totalmente escuro, as janelas nas laterais ainda deixavam à luz do pôr-do-sol entrar e iluminar parcialmente as mesas de granito. Eu andei até uma mesa e me sentei. Eu esperei que Lucius fizesse o mesmo, mas ele andou mais a frente e me disse:

- Me espere aqui. – ele disse sem me olhar, andando em direção a cozinha que ficava ao lado, perto do suporte onde ficava a comida.

Alguns minutos se passaram e eu me distraia mexendo na alça da minha mochila. Mesmo não tendo lutado, eu estava cansada. Talvez pelo estresse ou pela fome. Um barulho se fez a minha frente e eu vi a porta da cozinha ser aberta, mesmo com a penumbra eu pude ver que Lucius carregava algo. Na verdade era um prato e um copo. No prato tinha um sanduíche, que parecia ser natural pelo tanto de alface e molho rosa que tinha, e no copo um soco meio esverdeado. Se ele me conhecesse tão bem como eu imaginava, eu tinha certeza que o suco era de abacaxi com hortelã.
Ele sentou na cadeira a minha frente e me ofereceu o suco e o sanduíche. Eu o olhei questionando como ele sabia que estava com fome, ele sorriu, mas um sorriso cansado e contido.

- Eu ouvi a Celina falando com você. – ele disse.

Se ele tinha ouvido isso provavelmente ele tinha ouvido o resto, mas eu estava agradecida demais para brigar com ele.

- Obrigada – eu sibilei para ele. Mesmo me humilhando diariamente, ele ainda sabia me fazer sentir culpada.

O tempo passou enquanto eu comia o sanduíche e tomava o suco. Nenhum de nós dois disse nada. Eu tentei não me sentir desconfortável com a situação, mas não estava funcionando. Então eu tentei comer o mais rapidamente possível e sair dali. Na terceira mordida Lucius disse algo.

- Ela é apenas uma amiga – ele simplesmente disse.

Eu não precisava perguntar pra saber de quem ele estava falando. Em compensação, eu lancei um olhar que dizia “Não vou cair nessa”. Eu mordi mais uma vez meu sanduíche, sem falar nada.
Ele sorriu um sorriso puro, verdadeiro, divertido com a minha reação. Eu simplesmente dei de ombros.

- Você não é a única que eu treinei individualmente, Claire.

- Não sou? – uma nota de magoa ressoou na minha voz.

- Não – ele balançou a cabeça levemente e se inclinou em minha direção, cruzando as mãos sobre a mesa. – Praticamente todos os principados ou dominações que tiveram um desenvolvimento melhor ou precisava melhorar eu treinei, ajudei de alguma forma.

- E eles também dormiram no seu dormitório? – as palavras simplesmente saíram da minha boca, marcando meus ciúmes.

Ele deu um meio sorriso e franziu a testa.

- Esquece... Só esquece. – eu disse envergonhada.

- Não, ninguém nunca dormiu no meu dormitório, além de você – ele me olhou intensamente. Eu senti um repentino frio se espalhar no meu corpo, me fazendo arrepiar. Droga! Isso não ta funcionando.

- Então porque ela agiu daquela forma comigo? – eu perguntei um pouco alterada.

- Ela é um pouco ciumenta e possessiva - Pouco?

- E ela tem ciúmes de mim... Por quê? – as palavras não foram ditas, mas ele tinha entendido. Como ela tem ciúmes de mim se você mal se importa comigo?

Lucius olhou fixamente a porta que dava para o corredor. Eu me perguntei se essa era mais uma forma dele fugir das minhas perguntas. Mas então a porta lateral se abriu e Moira apareceu. Ele tinha a ouvido chegar.

- Você não vem pra aula? – seu tom de voz foi abaixando pouco a pouco, quando percebeu com que eu estava.

Eu olhei para ela e fechei minha cara. Olhei para Lucius e me despedi com um aceno de cabeça. Mas uma vez eu ficaria sem minhas respostas. Mas antes que eu pudesse sair da mesa, Lucius se levantou da mesa e me olhou.

- Você sabe por quê. – ele baixou seu olhar se despedindo de mim e depois se virou para Moira.

- Até mais Moira – Moira não entendeu nada, mas se despediu também com um movimento de cabeça.

Ele foi até a porta e saiu. Moira olhou para mim, surpreendida.

- O que você fez com ele pra ele ficar tão educado? – ela perguntou para mim, olhando da porta para mim.

Mas eu não prestava atenção no que ela dizia. A única coisa que emanava na minha cabeça era que Lucius havia me dito. Você sabe por quê.

2 comentários:

  1. Gostei muito desse cap !!! Acho que esclareceu algumas coisas mas estou ansiosa por mais !!1

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  2. Adorei!!
    "Você sabe por quê."
    Cara, me derreti toda aqui de imaginar ele falando isso.

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