sábado, 12 de junho de 2010

Capítulo 18 - *Lucius (Decisões):

Ele ainda tinha as palavras que Luiza tinha lhe dito em sua mente. Já deu certo antes. Antes de ela aparecer. Antes de isso tudo acontecer no Instituto. Quando havia somente eu e você. Para ele, naquele momento, parecia a melhor solução. Não fora um problema antes, não seria agora. Luiza já tinha mexido com ele de uma forma, que ele só queria a ela. Sua boca, suas curvas, seu cabelo longo e negro, sua atitude pretensiosa. E ela ainda era divertida nos momentos mais inoportunos. Tinha o gosto de sua boca na sua, lhe cobrando uma resposta. Ela não desistiria tão fácil, ele sabia disso. Então ou ele a parava agora ou cedia logo. Precisava afastar Claire e essa era a melhor opção.
Lucius hesitou um pouco quando passou a parede de vidro. Havia uma garota ali. Seus cabelos tampavam seu rosto, deixando-o na duvida. Quem estaria ali àquela hora? Seu corpo reagiu momentaneamente. Poderia ser mais um dos enviados de Gabriel. Mas foi perdendo gradualmente essa postura quando percebeu que a garota a sua frente se vestia igual à Moira. Mas o que aquela garota fazia ali? Acelerou os passos tentando acabar logo com aquela situação. Não agüentaria mais um drama das amiguinhas da Claire. Aos poucos foi percebendo que sua pele era bem mais clara que a da Moira, seu cabelo era mais claro e curto. Pensando bem Moira não parecia o tipo de menina que ficasse sentada no escuro perto da piscina nessa hora. Quem fazia isso era... Claire. Só de lembrar do seu nome Lucius já sentia um nó se formando em sua garganta. Eu preciso descansar, amor. Ele tinha tentado esquecer essas palavras o dia inteiro, mas ao ver a garota que lhes tinha proferido a sua frente, fez que tudo voltasse a sua cabeça. Acelerou os passos ainda mais. Eu não blefo Victor. Eu posso te dar o que você mais deseja de mim. Fechou os punhos em uma ação de dizimar sua raiva, porém isso só fez piorar. Queria tirar o gosto de Victor da boca de Claire. Apagar o gosto com a sua própria. Levava dali e fazer ela se lembrar de quem ela pertencia. Beijar cada extensão de seu corpo e fazê-la gritar seu nome, implorando por mais. Ela era só dele e de mais ninguém. E só de imaginar que o filho da puta do Victor tinha lhe feito arfar, tinha o tirado do sério. Tinha se segurado para não ir ate o quarto e matá-lo. Mas na hora se convenceu que não valia a pena. Agora? Agora parecia a melhor forma de resolver as coisas. Mas antes jogaria toda aquela angustia em Claire, sem se importar. Se ela realmente o amava, ela não poderia se jogar em Victor assim. Sentiu aquela raiva se expandir por todo seu corpo, o dominando, como sempre. E antes que percebesse estava do lado dela. Segurou seu braço firmemente, com força de mais, fazendo a garota se virar para ele. Então tudo se foi. A magoa, a raiva, o orgulho, a dor. Ela estava chorando, um choro desesperado, que ele não tinha ouvido porque a raiva o havia cegado. Seus olhos assustados estavam nele, com aquela expressão perdida no rosto. Ela arfou levemente quando as mãos de Lucius se ajustaram mais em seu braço. Então viu mais uma lágrima se arrastar por seu rosto. E tudo, tudo, desmoronou*. Ele a amava tanto, o cabelo negro que teimava em cair em seu rosto, à pele branca, sua boca rosada, seu nariz afilado, sua pequena orelha, seus braços finos, suas curvas acentuadas e principalmente, seus olhos. Ele não poderia esquecê-la, mesmo se ele quisesse. Ela já estava dentro dele, como uma praga, um vício. E por mais que ele beijasse Luisa ou qualquer outra, seria ela que estaria sempre em seus pensamentos, seus sonhos e pesadelos. Por todos esses anos, por todos esses séculos, que ele tinha vivido, não tinha uma pessoa que o fizesse se sentir assim, tão perdido, tão confuso, tão fora de si. Então ele cedeu a aquele sentimento. Abaixou-se até a ela, passando os braços em volta de seus ombros e sua cintura enquanto ela colocava seu rosto no vácuo de pescoço de Lucius. Diferente do que ela costumava fazer ultimamente, se afastando ou gritando com ele, ela apenas ficou ali, chorando em seu colo. Um vazio enorme tomou conta de Lucius. Tudo era sua culpa. Vê-la chorando assim só comprovou isso. Precisava afastá-la, mas principalmente precisava se afastar, antes que fosse tarde de mais. As mãos de Claire apertaram mais um pouco o pescoço de Lucius. Ela sussurrava coisas sem sentindo. “Desculpa. Desculpa Lucius” Ela afundou mais seu rosto no pescoço de Lucius, fazendo o estremecer. “É tudo minha culpa” ela falou em seu ouvido. “Eu não deveria estar aqui”. Essas palavras fizeram com que Lucius se afundasse mais no abismo que sentia. Aquilo, nem de longe, era culpa dela. Queria falar tudo para ela, mas o soluço de choro e a culpa não o deixavam. Então invés disso a abraçou mais forte, sentindo o corpo dela se moldar ao seu. Passou os dedos no rosto marcado pelas lágrimas e a viu fechar os olhos. Segurou seu rosto com uma mão a fazendo se virar para ele. Beijou sua testa. Sentiu aquele doce aroma invadir seu pulmão. Beijou a ponta de seu nariz. Baixou suas mãos em suas costas para que ela se aproximasse mais. Beijou sua bochecha. Passou as costas de sua mão tentando tirar as lágrimas que desciam. Beijou seu queixo. Ouviu sua respiração se tornar mais lenta e pesada. Beijou seu pescoço. Os pêlos da nuca dela se arrepiaram. Beijou perto ao seio esquerdo que a blusa roxa justa deixava ver a curva. As mãos de Claire o puxaram mais aprovando o gesto. Subiu sua boca ate orelha, ainda encostando-se à pele dela, e mordeu levemente sua orelha. Lucius.Ela sussurrou seu nome. Ele segurou sua necessidade dela e se separou, tentando ver seus olhos. Alguns segundos se passaram ate ela sair daquele transe e olhar nos olhos de Lucius. Ficaram assim se olhando, se devorando, pensando se fariam isso ou não. Foi Lucius que decidiu. Ainda com seus olhos nos dela, ele baixou sua boca lentamente vendo se ela fugiria dele. Ela não o fez. Sua boca entrelaçou a dela lentamente. Beijando o canto da boca dela primeiro, depois mordendo o lábio inferior sem força, abriu a boca sentindo os lábios dela se juntar ao seu. Segurou seu cabelo com força fazendo a se arquear para ele, aproximando mais os corpos e a beijou mais profundamente. Sentiu a língua dele ao mesmo tempo em que ele passava sua mão na barriga dela, traçando um pequeno caminho do seu umbigo ate a entrada de seu jeans. Ela se arrepiou por inteiro quando ele a beijou no pescoço novamente e passou sua mão sobre seu peito, ainda sob a o sutiã e a blusa roxa. Continuou a beijar seu pescoço, então seu colo, seu ombro, sua pequena ferida. Ele levantou a blusa dela ate abaixo dos seios e passou sua mão ali. Ela arfou novamente, mas o gemido saiu abafado, pois Lucius voltou a beijá-la novamente. Sentiu aquela necessidade se alastrar por dentro dela e entre suas pernas e num ato desesperado começou a tirar a blusa dele, com anseio de sentir sua boca contra a pele de seu peito. Ele não disse não e não se afastou, ao contrário a ajudou a tirar. Olharam se novamente como um aviso que não teria mais volta. Mas sinceramente eles não se importavam. A boca dele foi à dela novamente enquanto ela o puxava pelo pescoço. Sentiu sua pele encostar-se à dela, ainda com a pequena blusa embolada os atrapalhando. Ela desceu sua mão no seu abdomem, sentindo o encolher sob o seu toque. Abandonou seus lábios para percorrer o mesmo trajeto que sua mão tinha feito. Viu os olhos dele se fechar e se sentiu estranhamente orgulhosa e feliz. Desviou suas mãos do seu abdomem e começou a subi-la por suas costas. Então, como tudo tinha começado, terminou. Ela congelou seus movimentos e sentiu se perder naquele sentimento. As palavras ainda vinham a sua cabeça. Então ele caiu. Ele caiu por mim. Abaixo de seus dedos as cicatrizes estavam frias e denunciadoras. Minha culpa. Minha culpa. Ela falava mentalmente para si mesma enquanto afastava seu corpo do de Lucius. Olhou seus olhos questionadores, sua testa franzida e o aperto das suas mãos. Abriu sua boca para falar algo a ele, mas não conseguiu. Levantou-se um pouco desajeitada, o deixando ali, ajoelhado e sem camisa. Sentiu que as lágrimas voltaram e desviou seus olhos dos deles. Ajeitou sua blusa e voltou a olhá-lo. “Des... Desculpa. Isso não vai acontecer mais.” Então ela se decidiu pelos dois.

9 comentários:

  1. Na parte 'desmoronou*' tem musiquinha
    e vcs precisam ler escutando ela (Damien Rice - Creep) ;*

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. OMG, eu simplismente morri nesse capituloo...
    e essa música é linda combino com a situação. Ameiii.
    Stéfanie.

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  4. Puts Morri serio mesmo,que lindo.
    ai e agora gente? sera que ele e lucius nunca vão ficar juntos?? own

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  5. O.o' pq ela parou ? logo quando tava ficando bom!? Lucius vai ficar sentido ... ai tudo vai se complicar mais ainda!!!!!

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  6. Deuss ! Muito bom cap !! Quero ver a versão da Claire , curiosa pra sabe ro que ela vai fazer !!!

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  7. Kyara, pelo amor de Deus, Clarie não pode simplismente ir embora! Ela ama ele e ele ama ela e ele não pode ficar com a Luiza!!!!!! Meu Deus!! Victor é gato, mas o Lucius é O LUCIUS! E ela foi EMBORA?!?!?! Isso precisa acontecer de novo! Quem promete que não vai mais tocar o gato do Lucius?! Deus.
    Passou o momento "Revolta". Tá muito bom, viu, continue escrevendo!

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  8. O.o' pq ela parou ? logo quando tava ficando bom!? Lucius vai ficar sentido ... ai tudo vai se complicar mais ainda!!!!![+1]

    Oh Deusa! Que diabos foi isso??

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  9. LEITORA NOVA
    Vc pode me explicar pq parouuu!! To revoltada não podia ter terminado assim!!! Mas a historia ta muito boa so não sei pq parou!!

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